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Reforma Tributária: penaliza quem trabalha.

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    Open Planning
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 5 horas

O Brasil tributa onde dói mais: produção e consumo em um país que penaliza quem trabalha.


Você também não tem a clara percepção que nesse “modelo Brasil”, apesar de toda narrativa, quem produz, trabalha e consome continuarão sendo os mais prejudicados?!


Durante anos, o debate tributário no Brasil foi tratado como um tema técnico, distante e quase indecifrável. Mas a verdade é simples: o modelo de impostos adotado no país revela escolhas políticas, econômicas e sociais muito claras — e elas recaem, majoritariamente, sobre quem produz e consome.


O Brasil não tributa pouco. Ele tributa mal. E gasta pior ainda.


Um sistema híbrido, com peso desequilibrado.


Do ponto de vista estrutural, o sistema tributário brasileiro combina três modelos:


• tributação sobre a produção;

• tributação sobre o consumo;

• tributação sobre a renda.


Na teoria, o equilíbrio entre esses três eixos permitiria justiça fiscal e eficiência econômica. Na prática, o Brasil fez uma escolha perigosa: concentrou sua arrecadação no consumo.


Entenda que: sem equilíbrio entre justiça fiscal e eficiência econômica um país não alcançará prosperidade que se perpetua.


1º. Produção: o imposto antes mesmo de existir lucro:


Na etapa produtiva, o Estado já está presente.


Impostos como IPI, ICMS na origem e parte do PIS/COFINS incidem antes que o produto chegue na gôndola. O efeito é direto: o custo nasce inflado.


Isso afeta:


• indústria;

• construção civil;

• agronegócio;

• pequenas e médias empresas.


Produzir no Brasil exige capital, resiliência… e fôlego fiscal.


2º. Consumo: onde o sistema aperta o pescoço:


É no consumo que o sistema mostra sua face mais perversa.


ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI se acumulam no momento da compra. O resultado é conhecido: quem ganha menos paga proporcionalmente mais.


Não importa se é arroz, transporte, energia ou roupa: o imposto está embutido, invisível e inevitável.


Mais de 45% da arrecadação brasileira vem do consumo. Isso caracteriza um sistema regressivo, socialmente injusto e economicamente ineficiente.


3º. Renda: o imposto que pesa pouco onde deveria pesar mais:


Enquanto o consumo sofre, a tributação sobre a renda permanece tímida.


Lucros, dividendos e grandes rendimentos são relativamente pouco pressionados quando comparados a países desenvolvidos. O resultado é um paradoxo:


O Brasil cobra muito de quem compra e pouco de quem acumula.


O impacto real: preço, informalidade e desconfiança


Esse modelo gera efeitos colaterais graves:


• produtos mais caros;

• menor competitividade;

• incentivo à informalidade;

• complexidade operacional absurda;

• ruptura da confiança entre Estado, empresas e cidadãos.


No varejo, o imposto vira vilão, o preço vira problema e o consumidor vira refém.


Reforma Tributária: oportunidade ou ilusão?


A promessa de simplificação via IBS e CBS aponta para uma mudança de lógica: menos impostos sobrepostos, mais transparência e neutralidade.


Mas a pergunta correta não é se houve reforma. É para quem ela foi feita.


Se a conta continuar recaindo sobre produção e consumo, apenas trocaremos siglas — não o problema.


Conclusão: tributar é escolher.


Tributação não é apenas arrecadação. É projeto de país.


Enquanto o Brasil insistir em financiar o Estado majoritariamente pela produção e o consumo, continuará penalizando quem produz, trabalha e movimenta a economia real.


‼️Aumentar a tributação nos rendimentos sem diminuir na produção e principalmente no consumo não é “equilíbrio com justiça fiscal” mas sim “ma fé” e miopia econômica.


A boa notícia?


Sistemas são construções humanas. E tudo que é construído… pode ser redesenhado.


Open Planning – Gestão Empresarial.


Estratégia não é opinião. É estrutura.

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