
Consumidores no Brasil
- Open Planning

- há 4 dias
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O Maior Grupo de Consumidores do Brasil Não Está Onde Muitos Procuram
Enquanto parte do mercado insiste em perseguir “o consumidor aspiracional”, os dados — e a realidade operacional — mostram outra coisa: o principal grupo de consumidores do Brasil é formado por pessoas vinculadas a benefícios sociais e previdenciários.
Ignorar esse fato não é apenas um erro analítico. É um erro estratégico.
Não é ideologia. É economia aplicada.
Programas de transferência de renda, aposentadorias e benefícios assistenciais formam hoje uma das maiores massas consumidoras do país, com três características que qualquer gestor deveria observar com atenção:
• Escala;
• Previsibilidade;
• Recorrência.
Em um ambiente econômico marcado por volatilidade, esse grupo representa algo raro: fluxo mensal garantido.
O dinheiro pode ser curto. A lógica é longa.
Existe um equívoco recorrente no mercado: associar baixa renda à baixa sofisticação de decisão.
Isso não se sustenta.
O consumidor de benefícios:
• Planeja mais;
• Compara mais;
• Valoriza durabilidade;
• Rejeita excesso de promessa;
• Premia quem respeita seu orçamento.
Não há espaço para desperdício. Cada escolha é racionalizada. É um consumidor treinado pela realidade.
Onde esse consumo acontece?
Não está nos grandes templos do varejo aspiracional.
Está no comércio local, nas marcas regionais, nas operações enxutas que entendem território, frequência e confiança.
É ali que o dinheiro gira. E gira rápido.
O erro clássico das empresas
Muitas marcas tentam “adaptar” o discurso mantendo a mesma estrutura de custo, comunicação inflada e complexidade operacional.
O resultado?
• Produto fora de preço;
• Mensagem fora de tom;
• Marca fora da realidade.
Esse público não precisa de paternalismo. Precisa de respeito funcional.
Oportunidade para PMEs (e poucas estão prontas)
Para pequenas e médias empresas, esse grupo não é um problema a ser contornado.
É uma estratégia de base.
Quem entende esse mercado trabalha com:
• Preço unitário inteligente;
• Embalagens funcionais;
• Comunicação direta;
• Benefícios claros;
• Experiência simples, mas correta.
Nada supérfluo. Nada confuso.
Marketing h2h na prática (não no slide)
Aqui, o conceito de Human to Human deixa de ser discurso e vira operação:
• Falar simples;
• Entregar o que promete;
• Não infantilizar;
• Não romantizar;
• Não explorar.
Confiança, nesse contexto, é construída na repetição correta — não na campanha criativa.
Conclusão
O maior grupo de consumidores do Brasil não pede glamour. Pede coerência.
Empresas que entenderem isso não apenas sobreviverão em ciclos econômicos difíceis — elas construirão base, escala e relevância real.
O resto continuará discutindo “tendências” enquanto o caixa fecha no vermelho.
Open Planning Gestão Empresarial | h2h Strategy.











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