top of page

Consumidor x Cidadão

  • Foto do escritor: Open Planning
    Open Planning
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 5 horas

Misturar consumidor com cidadão é fricção anunciada de uma marca.


As “fronteiras” no @mkth2h


Em um país profundamente polarizado como o Brasil, poucas decisões são tão perigosas para uma marca quanto unir conscientemente ou não consumidor com cidadão.


Pode soar provocativo, mas é estratégico: quando uma marca abandona seu papel econômico e simbólico para assumir um papel político, ela deixa de gerar valor — e passa a gerar fricção.


E fricção não converte. Fricção diverge, desequilibra.


O perigo não é “tomar posição”.


O perigo é errar o alvo.


Há uma confusão recorrente no Marketing h2h: acreditar que relevância cultural exige militância explícita. Exige?


Marcas fortes não se constroem pela opinião que defendem, mas pela solução que entregam, pela experiência que sustentam e pela confiança que preservam ao longo do tempo.


O consumidor não busca na marca:


• Um guia moral;

• Um corretor de consciência;

• Um palanque ideológico.


Ele busca valor. E valor precisa ser claro, funcional e emocionalmente seguro.


Consumidor e cidadão não são a mesma coisa.


O cidadão debate, confronta, vota, se posiciona. O consumidor escolhe, compara, troca, abandona.


Misturar essas duas esferas é uma estratégia conceitual perigosa e ousada — especialmente em um ambiente onde a polarização é emocional, não racional.


No Brasil:


• A rejeição é mais rápida que a adesão;

• O boicote vem antes da escuta;

• O cancelamento antecede qualquer explicação.


Quando a marca decide “educar” o cliente, ela corre o risco de julgar quem deveria servir.


O paradoxo das marcas que querem “significar mais


Muitas marcas acreditam que precisam falar mais alto para serem relevantes. O efeito costuma ser o oposto.


Ao trocar benefício por discurso:


• Perdem foco;

• Perdem base;

• Perdem escala.


Marcas não friccionam por ter valores.

Marcas friccionam por transformar valores em filtro ideológico de consumo.


Valor une. Ideologia diverge, divide.


O princípio das marcas longevas:


Marca não vota. Marca resolve.


Ela pode — e deve — ter:


• Ética;

• Coerência;

• Responsabilidade.


Mas não pode:


Moralizar o cliente;

• Reduzir pessoas a rótulos;

• Tratar consumo como adesão política.


Marcas maduras, autossuficientes e livres não disputam narrativa social. Elas constroem confiança no valor.


Um alerta estratégico para líderes e PMEs:


Cuidado para não desvirtuar o Marketing h2h!!!


Se a sua marca:


Explica mais do que entrega;

Opina mais do que resolve;

Discursa mais do que serve.


O risco não é reputacional. É estrutural. Uma ruptura proposital e programada?!


Em mercados instáveis, neutralidade funcional não é omissão — é sabedoria.


Em mercados instáveis, fricção funcional não é descuido — é estratégia.


Conclusão:


Em um país polarizado, marcas que unem consumidor com cidadão deixam de ser plataformas de valor e se tornam campos de batalha.


Esse é o propósito?


Nenhum negócio perpetua em guerra permanente.


Marcas fortes incluem.

Marcas “frágeis” selecionam.


O futuro pertence às marcas que entendem onde começam — e onde terminam.

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
  • Instagram
  • Facebook
  • X
  • LinkedIn
  • Youtube
  • TikTok
  • Tópicos

©2020 por Open Planning | Gestão Empresarial Ltda. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page